Poesias enviadas

Para Marilza
Benedita Azevedo

Que fôlego, amiga!
Que disparada bela!
Jorrando teu poema
Entra pela janela;
Chega trazendo a mim
Aromas do jardim,
Da luz de citronela.

Nós mulheres sabemos
A força harmonizar,
E as voltas do universo
Tentamos segurar;
Lado a lado com o homem
As diferenças somem
E só nos resta amar.

Imitando Adão e Eva
Juntos no paraíso
Após da fruta provar;
Vamos abrir um sorriso
Perpetuar a espécie
Ser do outro o que merece
Com alegria e siso.

Praia de Mauá, 08.03.2011
Benedita Azevedo

Parei de correr

Por muitos anos vi dia e noite passarem
Sem sequer perceber o declínio do sol...
Perdida a trabalhar nem via o arrebol,
Nem sentia o frescor trazido pela aragem.

Muitos anos passei correndo para escolas
Num eterno repetir teoria e prática.
Buscando a compreensão dos ítens da gramática,
Nem sempre para alunos prontos, ora bolas!

Porém um dia paro e olho à minha volta,
Encontro o céu e o mar, a aragem e os passarinhos;
Um lindo sentimento em meu coração brota.

Parei de correr tanto, as aulas reduzi;
A minha paz chegou juntando-se aos carinhos
De todos da família, a meta eu atingi.

Praia do Anil, Magé –RJ, 02/11/2010
Benedita Azevedo

Parei e correr
Benedita Azevedo

Por muitos anos vi dia e noite passarem
Sem sequer perceber o declínio do sol...
Perdida a trabalhar nem via o arrebol,
Nem sentia o frescor trazido pela aragem.

Muitos anos passei correndo para escolas
Num eterno repetir teoria e prática.
Buscando a compreensão dos ítens da gramática,
Nem sempre para alunos prontos, ora bolas!

Porém um dia paro e olho à minha volta,
Encontro o céu e o mar, a aragem e os passarinhos;
Um lindo sentimento em meu coração brota.

Parei de correr tanto, as aulas reduzi;
A minha paz chegou juntando-se aos carinhos
De todos da família, a meta eu atingi.

Praia do Anil, Magé –RJ, 02/11/2010

Ainda moro aqui (Um cordel para minha saudade)
Benedita Azevedo

De longe avisto as mangueiras
Mas, tudo está diferente;
O caminho antes deserto
É uma rua à minha frente;
Apresso o passo entre as casas
Desamarrando a corrente.

Solto as emoções contidas
Tento descobrir o ponto
Exato de onde era a casa;
Não demoro e logo encontro
O pé de manga espada,
E a saudade ali desconto.

Parece que nem mudei
Mesmo a casa não estando,
Só espalhados destroços;
De tudo vou me lembrando
Já há tanto tempo longe
Aqui continuo morando.

De cada fato ou detalhe
Da família e dos parentes
Vou resgatando ao passado;
Da minha avó e seus pentes
Segurando o seu coque
De cabelos quase ausentes.

Lembra de cada detalhe
A menina que cresceu;
Na verdade é aqui que mora
Foi aqui que ela nasceu;
Leva sempre na lembrança
Esta casa onde viveu,
Mesmo na terceira idade...
Esta menina sou eu.

Itapecuru Mirim-MA

Um cordel para minha saudade
Ainda moro aqui
Benedita Azevedo (Itapecuru)

De longe avisto as mangueiras
Mas, tudo está diferente;
O caminho antes deserto
É uma rua à minha frente;
Apresso o passo entre as casas
Desamarrando a corrente.

Solto as emoções contidas
Tento descobrir o ponto
Exato de onde era a casa;
Não demoro e logo encontro
O pé de manga espada,
E a saudade ali desconto.

Parece que nem mudei
Mesmo a casa não estando,
Só espalhados destroços;
De tudo vou me lembrando
Já há tanto tempo longe
Aqui continuo morando.

De cada fato ou detalhe
Da família e dos parentes
Vou resgatando ao passado;
Da minha avó e seus pentes
Segurando o seu coque
De cabelos quase ausentes.

Lembra de cada detalhe
A menina que cresceu;
Na verdade é aqui que mora
Foi aqui que ela nasceu;
Leva sempre na lembrança
Esta casa onde viveu,
Mesmo na terceira idade...
Esta menina sou eu.

Itapecuru Mirim-MA