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VICENTE CELESTINO E OS MARZULLO
Nelson Marzullo Tangerini Nasceu, em 1946, após filmarem O Ébrio, uma sólida amizade entre o ator, cantor e compositor Vicente Celestino e a atriz Antônia Marzullo, minha querida avó materna. Descendente de italianos calabreses, nasceu Antônio Vicente Filipe Celestino a 12 de setembro de 1894, no Rio de Janeiro. Em 1955, quando completava 61 anos, um grupo seleto de amigos prestou-lhe uma grande homenagem. Antônia pediu, então, ao filho Maurício que escrevesse algo para a comemoração. O poeta Maurício Marzullo, sempre inspirado e bem humorado, escreveu um poema em dialeto caipira; poema, enfim, que foi lido na noite do dia 11/9/1955, num domingo, no palco do Teatro Carlos Gomes, da então Capital Federal, por sua irmã, Dinorah Marzullo, também atriz. Eis o poema: “SALVE O CELESTINO! “Ao grande tenor brasileiro Vicente Celestino, por motivo de mais uma passagem de seu aniversário natalício, a minha pálida homenagem, levada à cena por minha irmã Dinorah Marzullo. Maurício Marzullo Dinorah entra em cena, trajando à caipira. Coça-se espalhafatosamente. A todos olha com admiração. À platéia, diz, instantes depois: B´a noite pra vosmicês, que taí assussegado. eu desejo pra vancês felicidade aos punhado. Eu me chamo Siá Rosa, esposa do Zé Caiado. Fui criada em Lampadosa mas sou fã de Pau Fincado. Deixei lá meus dez minino e sartei pra Capitá, só pra vim cumprimentá o Vicente Celestino. Não pensem que eu não cunheço a voz dele, que inebria. Oiço-o desde que amanheço num rádio de bateria. Quando ele sorta os agudo, o rádio estala, que estala; mas o bicho vence tudo, e o radiozinho se cala. Tendo vindo à Capitá cumpartilhá da festança, quero entra na roda-dança e aos festero me aliá. Dirigindo-se ao Vicente, sem olvidar a platéia! Deste modo, siô Vicente, faço votos que o Divino o conserve, simprismente, Pausa, num assomo. pra ser sempre o Celestino!...” Alguns estudiosos da Música Popular Brasileira desconhecem este fato, que agora torno público. O poema de Maurício Marzullo, que entrará agora para uma futura biografia do tenor brasileiro, faz ainda uma citação ao livro de poesias Arraiá de Pau Fincado, escrito em baianês, de autoria do poeta, humorista, jornalista e radialista Lourival Reis. Amigo da família Marzullo-Tangerini, Lourival ficou mais conhecido pelo apelido de Zé Bacurau. E assim era conhecido por seus amigos da ABI, Associação Brasileira de Imprensa. Vicente Celestino, apelidado de Voz Orgulho do Brasil, faleceu no Hotel Normandie, em São Paulo, Capital, no dia 23 de agosto de 1968, aos 73 anos, quando estava de saída para um show com Caetano Veloso e Gilberto Gil. A apresentação seria gravada para um programa de televisão. Mas o encontro histórico com os dois baianos, pois uniria duas gerações muito distintas da música brasileira, infelizmente acabou não acontecendo. Nelson Marzullo Tangerini, 55 anos, é escritor, jornalista, compositor, fotógrafo e professor de Língua Portuguesa e Literatura. É membro do Clube dos Escritores Piracicaba [ clube.escritores@uol.com.br ],, onde ocupa a Cadeira 073 – Nestor Tangerini, e ABI, Associação Brasileira de Imprensa. NELSON MARZULLO TANGERINI É NETO DA ATRIZ ANTÔNIA MARZULLO. nmtangerini@hotmail.com , nmtangerini@yahoo.com.br https://nelsontangerini.blogspot.com/
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O TALENTO DE NESTOR TANGERINI, MEU PAI
Nelson Marzullo Tangerini Nestor Tambourindeguy Tangerini, poeta satírico, jornalista, escritor, compositor, caricaturista (de estilo cubista), teatrólogo e professor de português, ex-funcionário do antigo DCT (Departamento de Correios e Telégrafos), nasceu a 23 de julho de 1895, em Piracicaba, Estado de São Paulo, e faleceu no Rio de Janeiro em 30 de janeiro de 1966. Compôs Dona Felicidade, em parceria com Benedicto Lacerda, valsa gravada em 1937 por Castro Barbosa para o selo RCA Victor. Na década de 20, freqüentava a roda intelectual do legendário Café Paris, em Niterói, então capital fluminense, na companhia de Luiz Leitão, Mazzini Rubano, Renê Descartes de Medeiros, Luiz de Gonzaga, Brasil dos Reis, Mayrink, Olavo Bastos, Gomes Filho e Apollo Martins, e publicava, nos jornais da cidade fundada pelo Cacique Araribóia, crônicas e poesias, com os pseudônimos João da Ponte, João do Paris, João de Niterói e Pastaciuta. Nessa época, residia na Alameda São Boaventura, no. 1085, bairro Fonseca, em Niterói, Estado do Rio de Janeiro. Autor de revistas, Tangerini escreveu inúmeras peças de teatro. Entre 1936 e 1937, escreve Estupenda!, Magnífica!, Na Dura!, No Tabuleiro da Baiana e Gol! para a Cia. Teatral Jércolis. A imprensa do Rio de Janeiro insiste em dizer que essas peças foram escritas pelo empresário de teatral Jardel Jércolis. Em suas peças – encenadas pela Cia. Jardel Jércolis ou por outras companhias teatrais - trabalharam Oscarito, Aracy Cortes, Dercy Gonçalves, Grande Otelo, Henriqueta Brieba, Walter Dávila, Antônia Marzullo (sua sogra), Dinorah Marzullo Pêra (sua cunhada), entre outros. Em 1947, fundou, com o locutor Lourival Reis, o Professô Zé Bacurau, o caricaturista Abel, Iêda Reis, o compositor Aldo Cabral, com quem escreveu as peças Pra Deputado, Cadeia da sorte, Boa Boca, Lição Doméstica e esquetes para a TV Continental, e Maurício Marzullo (seu cunhado), a revista de humor e sátira O Espêto, onde publicava sonetos, trovas, crônicas, esquetes, caricaturas e monólgos com diversos pseudônimos – Dom T., Conselheiro Armando Graça, João da Ponte, Conselheiro XX Mirim, José Oitiçoca, Mme. Chaveco, Malba Taclan, Álvaro Amoreyra, Pierrot (T.), T., Humberto dos Campos, X. Toso, B. Lírio Neves e Benedito Mergo Lião. Tangerini, que pertencia ao clã dos Marzullo, era genro da atriz de rádio, cinema e teatro Antônia Marzullo (como já citamos acima), mãe da atriz Dinah Marzullo Tangerini (sua esposa), irmã da atriz Dinorah Marzullo Pêra (esposa de Manuel Pêra e mãe das atrizes Marília e Sandra Pêra) e pai de Nirton, Nirson e Nelson Tangerini, Maurício Marzullo, advogado e poeta, casado com Antonietta Saturno Marzullo, e pai de Letícia, Marisa, Maria da Graça e do advogado Maurício Jorge Saturno Marzullo. Nestor Tangerini era deficiente físico e visual: não tinha o braço esquerdo e a vista direita. Texto de: Nelson Marzullo Tangerini, 55 anos, professor de Língua Portuguesa e Literatura, jornalista, escritor, poeta, compositor e fotógrafo. É sócio da ABI [Associação Brasileira de Imprensa] membro do Clube de Escritores Piracicaba [ clube.escritores@uol.com.br ] , onde ocupa a Cadeira 073 Nestor Tangerini, e membro da ABI [Associação Brasileira de Imprensa]. nmtangerini@yahoo.com.br, nmtangerini@hotmail.com https://nelsontangerini.blogspot.com/
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EXPIROU NESTOR TANGERINI
Compositor, Teatrólogo, Poeta, Humorista, Jornalista e Professor de português – Sucumbiu aos 71 anos de idade. Texto de Aldo Cabral Chamava-se Nestor Tambourindeguy Tangerini, mas usava apenas o nome autoral de Nestor Tangerini, e faleceu a 30 de janeiro último, numa enfermaria do Hospital dos Servidores do Estado da Guanabara, vencido que fora, afinal, por uma bronquite atroz Tangerini (como era conhecido na intimidade) e que nasceu em Piracicaba, no Estado de São Paulo, em 23 de julho de 1895, iniciou o curso primário em Manaus (Amazonas) e terminou-o em Belém, no Estado do Pará. Aqui, no Rio de Janeiro, freqüentou o Mosteiro de São Bento e tirou os preparativos no Colégio Pedro II, parceladamente; mais tarde, cursou Farmácia e Direito. Além de compositor (vinculado à U.B.C.), Tangerini era, também, bom teatrólogo (revistógrafo), ótimo poeta, humorista notável, jornalista de pouca militância e respeitável professor de português, tendo sido muito forte em sintaxe. Como teatrólogo, deixou vários trabalhos que foram apresentados nos nossos teatros de revista, ocorrendo-nos, nesta oportunidade, enumerar as seguintes peças de sua co-autoria: “Tudo pelo Brasil” (com Luiz Leitão); “Cadeia da Sorte”, “Na boca da Hora” e “Lição Doméstica” (estas com Aldo Cabral) e muitas outras, que o tornaram conhecido (também combatido) no meio teatral, pois era uma espécie de espantalho aos “J. Maia” e outras “nulidades” que ainda infestam os nossos palcos. (Mas isto é assunto para a “SBAT”). É de Nestor Tangerini o mais rápido “Sketch” que se conheceu, e que figurou em sua revista “Estupenda!”, levada a cena no Teatro Carlos Gomes desta cidade, em 1937, explorada, então, pela Cia. Jardel Jércolis. A cena passa-se na sala de operações de um hospital, onde se vê o paciente sobre a mesa, ainda sob à ação da anestesia, com uma das pernas amputadas à altura do joelho. Ao lado do paciente, o médico que acabara de fazer-lhe a amputação da perna, e, à cabeça do paciente vêem-se o médico-auxiliar e a enfermeira. Após um instante, o médico-auxiliar diz, baixo, à enfermeira: “Acho que o doutor enlouqueceu”. E o médico, virando-se rápido, para ambos, grita-lhes, irritado: “Loucos estão vocês! Por que não me disseram que o caso era de apendicite?” (Pano) Poeta como poucos, Tangerini versejava em qualquer gênero, sempre espontâneo e correto. Eis alguns de suas quadras, muito bem feitas: Lírico: A vida já quis perde-la, e hoje aquero prolongar; encontrei a minha estrela na noite do teu olhar. Malicioso: O esposo se aborreceu com sua linda senhora que num maiô se meteu - ficando toda de fora. E irônico: O meu lar é muito meu, embora igual a qualquer; quem manda nele sou eu - depois de minha mulher. No terreno do humorismo, sentíamo-lhe o pulso firme em “flashes” como este: - Quer casar comigo, senhorita? Eu já estou ganhando o salário mínimo. - Ora, isso não dá nem para os meus lenços. - Não faz mal: eu espero para quando você ficar boa da gripe. Fortíssimo como professor de português, observamo-lo, por várias vezes, a corrigir, elegantemente, os seus amigos quando estes incorriam em erros crassos através de frases comuns no diálogo do quotidiano. Assim, ouvíamo-lo, de quando em quando, explicar, paciente e amigavelmente: Não se diz “água de flor de laranja”, e sim “de flor de laranjeira”, pois a planta é que dá a flor e não o fruto. Também não se deve dizer: “Tenho ódio dele”, mas, sim, “Tenho-lhe ódio”. Quem tem ódio, tem-no a alguém e não de alguém. É errado dizer-se “o doente está muito grave”; correto é dizer-se “o doente está muito mal”. E complementava: as doenças é que podem ser graves, não os doentes. Mais um erro comum: “Aquele bandido tem morto muita gente”. O certo é substituir-se “morto” por matado. “Morto” e “morrido” são particípios do verbo morrer. O particípio passado de “matar” é “matado”. Dizer que o bandido “tem morto muita gente” equivale a dizer que ele tem “morrido muita gente”. E como compositor, embora letrista talentoso, compôs, apenas, meia dúzia de obras, pouco divulgadas, como por exemplo “Manon” (Valsa de parceria com Alice Alves, esposa de Ronaldo Lupo, que a gravou) e “Dona Felicidade” (Valsa de parceria com Benedito Lacerda), um primoroso poema constituído de seis quadras, que publicamos ao lado. Nestor Tangerini, que foi sepultado em jazigo da família no Cemitério São João Batista, deixa viúva (Dona Dinah) e três filhos (Nirton, Nirson e Nelson) e um grupo de amigos que pranteiam o seu passamento mas continuam cultivando o que de bom aprenderam com ele. Dona Felicidade Valsa – de Benedito Lacerda e Nestor Tangerini No País da Fantasia, que habitei na mocidade, eu também quis, certo dia, ver Dona Felicidade. Enveredei pela Estrada da Esperança, e em meio, então, mais linda do que a Alvorada, encontrei Dona Ilusão. Perguntei-lhe logo, a ela, se onde morava sabia - a criatura mais bela do País da Fantasia. E a Ilusão, gesto risonho, mostrou-lhe, numa colina da Cordilheira do Sonho, uma casa pequenina. Prossegui na caminhada, e, cansado, mas ufano, bato à casinha indicada, onde um velho, o desengano, me atendeu com gravidade à informação que pedi: - A Dona Felicidade Já não mora mais aqui. _______________________________________________________________ Embo ra não tenha assinado seu nome no artigo, este texto foi escrito pelo compositor, jornalista, poeta e teatrólogo Aldo Cabral para o Revista da U.B.C. (União Brasileira de Compositores), os. 13 e 14, Ano XXIV, No. 82. _______________________________________________________________ O presente texto continha alguns erros de data e informação e foi corrigido por Nelson Marzullo Tangerini, filho mais novo de Nestor Tambourindeguy Tangerini. nmtangerini@yahoo.com.br, nmtangerini@hotmail.com https://nelsontangerini.blogspot.com/ OBS.: Nestor Tangerini era fumante e foi mais uma vítima do cigarro: um câncer de pulmão matou-o no dia 30 de janeiro de 1966.
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PARA RIR E PENSAR
Douglas Tufano A literatura brasileira é pródiga em escritores satíricos e humorísticos em verso e prosa. Podemos lembrar, por exemplo, os nomes de Gregório de Matos, Artur Azevedo, Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto), Millôr Fernandes, Luís Fernando Veríssimo, entre outros. No Modernismo paulistano, destaca-se Juó Bananére, pseudônimo de Alexandre Ribeiro Marcondes Machado, que inventou uma língua toda particular para compor suas sátiras sociais e suas paródias engraçadíssimas de poemas famosos da nossa literatura. Precisamos agora abrir espaço para mais um autor de talento – Nestor Tangerini. Transitando à vontade por diferentes temas, Tangerini é um dos mais talentosos poetas da primeira metade do século passado e este livro, Humoradas..., é uma prova disso. Destaca-se na linha humorística e satírica com as paródias que faz dos clichês românticos, envolvendo inicialmente o leitor num clima lírico para surpreende-lo com um “fecho de ouro” que quebra esse clima e faz rir pela mudança de tom. É o que vemos em vários sonetos, principalmente em “Sonho e realidade”. “Essa mulher” e “Caminheiro do amor”, que nos lembram a veia de satírica de Álvares de Azevedo, um poeta romântico do século XIX que soube ver com lucidez as armadilhas dos clichês poéticos de sua época. Tangerini brinca com esses clichês, consciente de que, na verdade, eles não tinham desaparecido e ainda povoavam os textos de muitos fazedores de versos de seu tempo (e do nosso, podemos acrescentar...). outra vítima de sua ironia é o parnasiano Alberto de Oliveira, cuja linguagem preciosa e rebuscada é impiedosamente parodiada no soneto “Paralelepípedo” (o título é um verdadeiro achado). E por falar em romantismo, particularmente criativo é o soneto “Voz do coração”, em que o pobre órgão se queixa de ser injustamente acusado das bobagens cometidas pelas pessoas em seu nome, terminando assim: “Digo-lhes, pois, deixando de ser tolo: / burradas quem as faz é “seu” miolo; / não culpem mais o pobre Coração”. O mundo do trabalho é também objeto de vários textos, e sua visada certeira condensa, em poucos versos, uma crítica ferina das injustiças e desigualdades (“Aumento de subsídio” e “Coisa grave”, por exemplo). E por falar em trabalho, é antológico o soneto “Eustáquio”, com seus trocadilhos a respeito de um funcionário do correio absolutamente obcecado com seu dia-a-dia na agência. O trocadilho, aliás, é um de seus recursos mais eficazes na obtenção do riso. Basta ver, por exemplo, o que Tangerini faz com a palavra “megaton” no soneto “Bossa nova”... Mas essas são apenas algumas breves observações a respeito do talento de Tangerini. Não queremos antecipar mais detalhes para não atrapalhar o prazer da descoberta que os leitores certamente terão ao folhearem este livro. Dotado de grande habilidade no trabalho com as palavras, Tangerini revela-se um autor culto, conhecedor da tradição poética brasileira e dono de um agudo senso crítico. Seus versos concisos e certeiros não se esgotam na anedota, pois sempre encerram uma observação lúcida que levanta o véu da hipocrisia. É uma agradável surpresa, portanto, reencontrar um poeta como Tangerini. Sua obra merece estar ao alcance do grande público, deve sair dos limites de sua família e dos amigos, que tão cuidadosamente preservaram seus textos. E que depois dos sonetos satíricos, venha à luz também sua produção lírica, para que possamos admirar toda a estatura do poeta Nestor Tangerini. Douglas Tufano é Professor Literatura Brasileira e autor de livros didáticos e membro da Academia Jundiaiense de Letras. Prof. Douglas Tufano: www.paulus.com.br
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Regresso ao lar antigo.
João Alberto Di Sandro Hoje, estou regressando ao lar antigo, Que entre soluços um dia eu parti. Deixei minha família e um cão amigo, Que por muitos anos com eles convivi. Conter as lágrimas eu não consigo, Pois a minha infância se passou aqui... Passaram-se os anos, porém ficou retido Os momentos, que com todos eu vivi. Hoje, já velho, com o coração exaurido Das crueldades, que pela vida eu conheci Convivendo com um mundo desiludido, Diferente do ensinamento que aqui aprendi. Porém, o velho coração até aqui empedernido, Reviveu com tudo que novamente aqui eu vi.
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