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De: Piracicaba/SP Email: Contacto |
TEMPO
Conspira o tempo para nos envelhecer e nos mostrar que a juventude se foi, para nos mostrar que não somos donos de nada, muito menos da nossa vida. A vida é uma ilusão passageira e instantânea, na qual nos apegamos para nos deliciarmos com uma falsa sucessão de momentos tênues de felicidade. Conspira o tempo para demonstrar que as mudanças são inevitáveis e muito profundas, que se refletem também na nossa materialidade. Conspira o tempo para que possamos sentir e entender a sua existência e a sua fatalidade, que nos empurra para a degenerescência e para a finitude. Viver... Essa esperança que nos embriaga e nos envaidece, é na verdade um privilégio. Somos privilegiados, sem dúvida, porque nascemos perto da perfeição, aparelhados e destinados a nos tornarmos centenários. Mas na ansiosa e desesperada busca do prazer, no egoísmo de aproveitar cada minuto que nos foi dado, a esperança se transforma em casualidade, o viver se torna a suprema aventura humana. Viver, então... Essa loteria que nos incita a espremer o bagaço dos últimos segundos que nos restam. Conspira o tempo para que vivamos plenamente, com toda saúde e força o ruidoso cotidiano que nos cerca, até que os excessos, as loucuras e a dissolução nos afaste da perfeição e nos torne inevitavelmente finitos e previsíveis. Conspira o tempo, então, para a destruição lenta de nós mesmos, desafiando nossas capacidades e o excelso discernimento. O poder de escolher que nos foi dado e que, amiúde, se vira contra nós pela falta de cautela que temos ao usá-lo. Num segundo tudo o que nos eterniza pode nos deixar e o rol daquilo que mais tememos pode se apossar de nós. Conspira o tempo para que nossa estada neste plano seja longa, estável e feliz, mas no ato sublime de gerenciar com sabedoria o que nos foi dado, por sermos apenas humanos e falíveis, sempre erramos nas contas, vamos por caminhos proibidos e por atalhos desconhecidos. Temos consciência do engodo, mas de nada adianta arrepender-se depois que o malfeito é descoberto. A responsabilidade nos acolhe em seus braços poderosos e nos esmaga, para que jamais tais atos se repitam. Conspira o tempo para que sejamos infantis a vida inteira, para que jamais consigamos aproveitar o que nos foi legado. Na ansiedade dos folguedos nos esquecemos de cuidar de nossas obrigações até que chega o momento em que temos que enfrentar o tempo, não como brisa que atravessa tudo sem ser percebido, mas como o carrasco que veio cobrar de nós o que deixamos de fazer. O desespero nos aflige, porque sabemos que nada pode retroceder, e não existe remédio, nem cura, para um desleixo tão grande. Mas na nossa inocência meninil, somos iludidos por falsas promessas, esperançosos de conseguir enganar o tempo que conspira contra nós. Pobres tolos arrependidos! É isso o que somos! Possuidores de todos os dons, de toda tecnologia, de todas as belezas e infinita inteligência, mas incapazes de vencer a inclemente força exterminadora do tempo que passa como uma brisa pelas nossas vidas. Conspira o tempo então, para que sejamos gratos e resignados com nossa sorte inglória e imprecisa. Ele é o carrasco cruel que nos tira tudo, num piscar de olhos, inadvertidamente, mas que não vai deixar de ser exato no momento de nossa partida. Quando chegar a hora ele não nos dará nem um segundo a mais!
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De: Clube dos Escritores Piracicba Email: Contacto |
Desejo a todos amigos e familiares FELIZ NATAL
Noite de Natal João Alberto Di Sandro Natal! Nas casas, árvores enfeitadas Com bolas multicoloridas e brilhantes. Pequenas luzes que enfeitam as sacadas, Mil cores piscando em lâmpadas cintilantes. Adultos presenteiam os amigos e a petizada. Fazem a ceia repleta de bebidas e refrigerantes. Frutas variadas sobre a mesa são colocadas, Para enfeitar os jantares deliciosos e elegantes. A maioria esquece por que a data é comemorada. Esquece de rezar para o menino Deus triunfante, Nascido numa simples manjedoura em noite estrelada, Jesus veio ao mundo ensinar a não sermos arrogantes. Ajudando as pessoas somos por elas amadas, Pois nesta terra somos todos semelhantes.
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De: São Paulo-SP- Email: Contacto |
Guarujá
oão Alberto Di Sandro Quanta saudade minha querida Guarujá! Nas suas praias brinquei desde criança, Praias tão límpidas como as suas não há. Das Astúrias a Pitangueiras já fiz andanças... Praia da Enseada, morada de “Iemanjá”, Onde a rainha do mar sai d´água e descansa, Trazendo nos cabelos flores lilás do Maracujá, Contrastando com o dourado de sua trança. No final da Enseada, a praia que se encontra lá Chama-se Tartaruga, tem água muito mansa, Com suas marolas jogando pra lá e pra cá. No caminho que leva a Bertioga, noutra instância Há praias tão prazerosas, como as de Itamaracá. Pérola do Atlântico, você tem praias em abundância...
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De: Rio de Janeiro Email: Contacto |
Versejando
Versejo nesse momento, para exprimir o meu desejo; expulsar do peito meu alento, levar ao vento meu bordejo. Embriagado pela ausência do afago de teu beijo, vaguei errante, sem prudência, feito goiabada, sem o queijo. As ondas me levaram ao destino: teu anseio, teu gracejo, ó alma gêmea, porto divino, onde ancoro teu sorriso benfazejo.
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De: São Paulo-SP Email: Contacto |
CLUBE PIRACICABA
João Alberto Di Sandro Piracicaba, querida cidade, Ouve este teu filho adotado, Que veio com simplicidade E por ti não foi renegado. Nasci na capital, minha cidade, Onde se vive como refugiado, Sendo submisso à crueldade, Por vândalos ali impregnados. Tu me aceitaste na comunidade, Abraçaste-me como um filho amado, Fizeste-me ver uma nova realidade. Hoje sinto no peito que sou honrado Por pertencer a um Clube de qualidade, Onde meu nome ficará perpetuado.
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